Hoje é um dia aguardado no mercado, marcado pela Super Quarta, não tanto pelos resultados em si, mas pela atenção voltada aos comunicados dos bancos centrais, capazes de indicar mudanças nas políticas monetárias.
O Federal Reserve (FED) inicia o destaque: espera-se que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) mantenha as taxas de juros nos atuais 5,25% a 5,50%.
No entanto, há a possibilidade de o Fed indicar um possível corte a partir de junho, alinhando-se às expectativas do mercado. A atenção está voltada para o tom do discurso do presidente Jerome Powell, que pode oferecer insights sobre as futuras decisões do Fed.
Powell já havia sugerido ao mercado que o banco central americano estava se aproximando da confiança necessária para cortar os juros, mesmo antes de atingir a meta de 2% de inflação. No entanto, desde então, os dados inflacionários e do mercado de trabalho têm colocado pressão sobre essa narrativa.
Agora, o mercado aguarda para saber se o Fed manterá os planos de três cortes nas taxas ao longo do ano ou adotará uma postura mais cautelosa.
Enquanto isso, os mercados internacionais operam de forma mista.
No que diz respeito ao Comitê de Política Monetária (COPOM), espera-se um novo corte de 0,50 ponto percentual, o sexto consecutivo, o que reduziria a taxa SELIC de 11,25% para 10,75%.
Até aqui, tudo dentro do esperado, pois esse corte já estava previsto pelo mercado e antecipado pelo Banco Central. Contudo, a questão crucial é se o ritmo de afrouxamento monetário será mantido.
O Banco Central já havia alertado sobre a inflação nos serviços, e agora os preços dos alimentos também estão em alta, o que fez as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirem novamente no Relatório Focus.
Agenda do dia
- 15h: Fed anuncia decisão de política monetária e projeções econômicas
- 15h30: Presidente do Fed, Jerome Powell, concede coletiva de imprensa sobre decisão de juros
- 18h30: Copom anuncia decisão sobre a Selic