A Bolsa de Valores é o ambiente em que são negociados valores mobiliários como ações, contratos de produtos como câmbio e juros, além de títulos. No Brasil, a principal bolsa é a B3. Com sede em São Paulo, ela nasceu da união de três empresas do mercado: BM&F, Bovespa e CETIP.
O nome é abreviação para Brasil, Bolsa, Balcão.
Qual é a função da B3?
A B3 exerce diferentes atividades no mercado financeiro brasileiro: administra sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as classes de ativos, de ações a contratos derivativos, de câmbio e juros.
Uma das atribuições mais conhecidas da B3 é operar o ambiente de negociação das ações de empresas que estão na bolsa. São atualmente cerca de 350 companhias com capital aberto na B3, das quais quase 80 fazem parte do Ibovespa. É o principal índice de ações da bolsa brasileira, reunindo os papéis mais negociados entre os investidores.
Ela também organiza o processo de abertura de capital de empresas, a chamada oferta pública inicial (ou IPO).
As negociações das ações entre investidores são feitas durante o pregão da bolsa, o período que normalmente se estende das 10h às 17h. Quando há horário de verão nos Estados Unidos, o horário de fechamento muda para as 18h.
As negociações são realizadas com base nas cotações, ou preços dos ativos, que são atualizadas a todo momento.
A B3 também é responsável pela custódia (a guarda de um ativo) de alguns investimentos e possui ainda uma área de certificação para profissionais do mercado.
Mercado de balcão
Outro papel desempenhado pela B3 é operar o Mercado de Balcão, um ambiente em que são realizadas compras e vendas de instrumentos financeiros como títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimento e outros ativos, incluindo também ações e debêntures.
Como foi criada a B3?
A história da B3 começa com a história de várias outras empresas. Primeiro, foi fundada a Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa, em 1890. Alguns anos depois, em 1917, foi criada a Bolsa de Mercadorias e Futuros, a BM&F. Em 1984, nasceu outra companhia: a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos, a CETIP.
Em 2008, a Bovespa e a BM&F se uniram para dar origem à BM&FBovespa; mais tarde, essa companhia se fundiu com a CETIP em 2017 para dar origem à B3 como ela existe hoje. Ela tem capital aberto e ações negociadas na própria B3.