O direito de subscrição refere-se à preferência que é dada a um investidor que já negocia na Bolsa de Valores para a compra de um ativo. Mas, o investidor não é obrigado a aceitar a subscrição.
A subscrição acontece quando uma empresa precisa captar novos recursos. Já com os Fundos Imobiliários a subscrição ocorre quando a meta é de obter outros ativos para formar o seu patrimônio.
Nas duas situações, os investidores atuais possuem a preferência para a compra desses ativos, esse processo chamamos de direito de subscrição.
Como exercer o direito de subscrição?
Quando uma empresa resolve realizar a emissão de novas ações para elevar o seu capital, ela terá de passar todas as informações e os fatos relevantes para o mercado e para seus acionistas. O mesmo processo acontece com os fundos imobiliários. Cabe aos investidores decidir se querem exercer o direito de subscrição ou não.
O documento para o mercado deve conter informações como a data da emissão de novas cotas ou ações, a data limite para adquirir a subscrição, a data em que o investidor poderá realizar negociações do seu direito de subscrição com terceiros, data limite para a realização da compra de ações ou cotas, o número de parcelas que podem ser subscritas pelo cotista e o preço das novas cotas ou ações no mercado.
Se o investidor optar pelo seu direito de subscrição, ele precisará solicitar à instituição financeira que deseja comprar as cotas que possui direito e possuir o valor necessário em sua conta para o dia da subscrição. Essa solicitação deve acontecer no prazo de 30 dias ou o direito de subscrição será perdido.
O investidor também pode optar pela venda do seu direito no mercado secundário através da plataforma de sua instituição financeira. Mas, é necessário cumprir o prazo estabelecido e ter a aprovação antecipada da empresa que emite as ações ou do fundo.
Também pode acontecer as sobras de subscrição que ocorrem porque os direitos de subscrição não foram realizados e nem negociados com terceiros. Neste caso, a empresa ou o fundo podem ir de novo ao mercado para outra tentativa de conseguir investidores e alcançar a meta definida para obter o valor total de recursos.
Quais as vantagens do direito de subscrição?
A subscrição possui vantagens principalmente por deixar a escolha de exercer o direito ou não nas mãos do investidor, e não impondo como uma obrigação. Assim, se uma empresa estiver em um momento ruim, o investidor tem a opção de não comprar mais ativos da empresa.
Outra vantagem é o direito a compra com antecipação do ativo e por um valor mais baixo em comparação ao que está sendo negociado no mercado.
Outro ponto importante é o maior retorno financeiro que o investidor possui e também obter mais direitos sobre os dividendos se a empresa pagar esse benefício.
Mas, antes de decidir em exercer o seu direito, o investidor precisa analisar bem como anda as finanças, o desempenho e a gestão da empresa em questão. Já nos fundos imobiliários, o investidor precisa analisar como está a composição da carteira, performance e todas as informações que podem indicar se o FII está de acordo com as prioridades do investidor.
Insights finais
O direito de subscrição é uma oportunidade concedida ao investidor para a compra de um ativo antecipadamente por um valor menor ao negociado no mercado. E cabe ao investidor aceitá-lo ou não.
Esse direito pode ser uma boa oportunidade para garantir mais rendimentos, mas, às vezes pode se tornar negativo para o investidor. Dessa maneira, o investidor precisa analisar muito bem todas as informações que envolvem a subscrição, a empresa ou fundo imobiliário em questão.
Por isso, é essencial que o investidor entenda muito bem o funcionamento de uma subscrição e também entenda como o ativo funciona para que não sofra possíveis riscos.