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Glossário do Investidor - Termos de Investimento

Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) – O que é, significado e definição

A Oferta Pública de Aquisições de Ações (OPA) é um processo realizado quando uma empresa quer fechar o seu capital. Para que isso aconteça o acionista majoritário ou o grupo controlador da empresa precisa fazer uma proposta de compra para os acionistas minoritários. O objetivo é obter todas as ações ou boa parte delas para conseguir a gestão da empresa.

Esse processo é regulado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que garante os critérios equitativos para todos os acionistas.

Como a Oferta Pública de Aquisições de Ações Funciona?

Quando uma empresa resolve efetuar uma OPA, é necessário comunicar o mercado e seus acionistas por meio de um fato relevante. Depois do comunicado a empresa terá o prazo de 30 dias para solicitar o fechamento de capital junto à CVM. Então, a gestão administrativa decidirá se a solicitação será aceita ou não, em um prazo de até 60 dias.

Nesse período de tempo a empresa precisará divulgar a OPA para todos os seus acionistas ficarem cientes do que está acontecendo.

Quando a solicitação é aceita, começará o processo de análise externa que indicará o preço justo para cada ação. Depois desse processo 90% dos acionistas precisam aceitar esse preço, caso aceitem o valor será depositado em suas devidas contas. Mas, se 10% dos acionistas não aceitarem o preço, outra assembleia geral será realizada para discutir novamente o preço da ação.

É importante ressaltar que nenhum acionista é forçado a participar do OPA, vendendo suas ações. Caso o acionista não venda as suas ações, ele será sócio de uma empresa que possui o capital fechado, e se um dia quiser vender essas ações dependerá das vendas privadas, o que pode impactar na liquidez das ações.

Quais os tipos de OPA?

As empresas optam por deixar a Bolsa de valores e realizar uma OPA por fechamento do capital, aumento de participação, transferência do controle ou assumir o controle da empresa.

Também existem dois tipos de OPA, que podem ser obrigatórias ou voluntárias. Vamos conhecê-las:

OPA Obrigatória

A OPA obrigatória tem como finalidade a proteção do acionista minoritário em casos de fechamento do capital ou quando a atuação do regulador é grande impactando a liquidez das ações. E também em casos de separação do controle acionário.

OPA Voluntária

A OPA voluntária tem a finalidade de ajudar o grupo controlador a retomar o controle total da empresa.

As OPAs obrigatórias ou voluntárias precisam seguir as regras estabelecidas pela CVM, como o formato das liquidações financeiras, intermédio, avaliação, mecanismo de OPA, publicações e os leilões.

Por que uma empresa realiza uma OPA?

Alguns motivos podem conduzir uma empresa a realizar uma OPA. Que podem ser quando as ações estão muito baratas pode indicar que a empresa está sendo muito estimada mas abaixo do seu preço justo. Ou podem optar pelo fechamento do capital por acharem que a empresa tem uma ótima perspectiva de crescimento.

A baixa utilidade de recursos de terceiros também pode levar uma empresa a realizar uma OPA, pois, indica que a empresa está estável e rentável, não precisando mais de recursos do mercado de capitais. Então, as empresas decidem pela OPA para economizar o seu capital, pois se manter na Bolsa de Valores é muito dispendioso.

Vale destacar que este tipo de processo não agrada o mercado, pois, a realização de uma OPA enfraquece o mercado de ações com a redução da quantidade de empresas acessíveis na Bolsa de Valores.

Insights finais

Entender o funcionamento da OPA é muito importante para um investidor, pois esse processo pode impactar a carteira de investimentos e também o mercado. Com este conhecimento o investidor poderá preparar as suas estratégias em situações como esta.

Outro ponto importante é que o fechamento de capital de uma empresa também enfraquece o mercado, e principalmente o segmento da empresa. Deixando os investidores com menos opções naquele setor.

Observando todas essas informações é essencial que o investidor tenha uma boa diversificação na sua carteira de investimentos com renda fixa e renda variável para equilibrar os possíveis contratempos que podem surgir no mercado financeiro.

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