O risco de mercado está conectado ao desempenho do mercado e do sistema financeiro. Ou seja, está ligado às oscilações dos valores e de indicadores e como estão reagindo a estes cenários.
Sendo assim, o risco de mercado distingue-se às questões como a inflação, taxa de juros (Selic), cotação das ações, variações de câmbio etc.
O risco de mercado é muito presente em negociações em renda variável, como os fundos de investimentos e as ações. E isso pode causar ao investidor prejuízos financeiros ou um retorno menor que o esperado.
Como calcular o risco de mercado?
Para calcularmos o risco de mercado de um investimento, devemos encontrar a diferença entre a performance do ativo e a variação da sua referência que pode ser o CDI em opções de renda fixa ou o Ibovespa em opções de renda variável.
Todos os investimentos estão expostos ao risco de mercado por estarem conectados as taxas ou preços que oscilam a todo momento. Então, quanto maior for a variação de preços de um ativo, maior será a sua volatilidade e também haverá mais riscos.
O tempo também pode influenciar para que ocorra o risco de mercado, ou seja, quanto maior for o prazo do ativo, maiores podem ser os riscos com base nas oscilações do mercado.
As oscilações do mercado podem acontecer por diversos fatores como crises financeiras, trocas de governo, decisões do governo, confusões envolvendo setores ou empresas etc.
Para a realização do cálculo do risco de mercado devemos usar a Value at Risk ou VAR. Vamos entender o cálculo a seguir.
Fórmula:
VAR = | R – zδ x V
- R = O retorno almejado do ativo;
- Z = Nível de significância;
- δ = O desvio-padrão;
- V = O valor investido.
Exemplo:
Um ativo que possui 100 milhões em investimento rendendo 5% ao mês. O desvio-padrão é de 12% ao mês com nível de significância de 1,645%. Grau de confiança de 95%.
Cálculo:
VAR = [5% – 1,645 x (12%)] x (100.000.000) = – 14,740
Esse resultado indica que em um ano há probabilidades de que ocorra perda de 5% de no mínimo R$ 14.740 reais e que 95% de chances de que esse prejuízo seja menor.
Como o risco de mercado afeta os investimentos?
O risco de mercado pode afetar os investimentos quando a taxa de juros cai, assim, valorizando ativos de renda variável, mas impactando os ativos de renda fixa que neste caso perdem a rentabilidade.
Já em casos de aumento da inflação os investimentos também podem ser impactados. Os investimentos indexados ao IPCA neste caso estarão protegidos dos impactos negativos.
Em situações do aumento da Selic os títulos prefixados da renda fixa podem sofrer impactos negativos, assim, interferindo na taxa que foi contratada. Isso acontece por causa das variações no cenário econômico.
Já na Bolsa de Valores os riscos são maiores pois os investimentos podem ser impactados com a lei de oferta e demanda por consequências políticas, econômicas etc. Pode ocorrer um cenário positivo, mas os riscos são bem expressivos.
Uma maneira de equilibrar esses riscos é a diversificação da carteira do investidor e também respeitar o seu perfil de investidor para não correr riscos que não se encaixam em seus objetivos financeiros.
Insights finais
O risco de mercado é um fato, mas, cabe ao investidor saber equilibrar os seus investimentos para a prevenção de perdas significativas. Diversificar a sua carteira com renda fixa e renda variável é uma ótima opção para evitar grandes riscos.
Também é importante definir o seu perfil de investidor. Investidores iniciantes precisam adquirir conhecimento antes de realizarem investimentos na renda variável, ou, poderão perder todo o capital investido.
Sendo assim, entender todos os riscos envolvidos nos investimentos é primordial para evitar os riscos. Entender o cenário econômico também é essencial para todo investidor que deseja obter sucesso em suas negociações.
Portanto, entender como funciona o risco de mercado é importante para tomar decisões mais assertivas, assim, diminuindo os riscos de prejuízos e conseguindo enxergar boas oportunidades de investimentos.