A alta de 1 ponto percentual na Selic, anunciada ontem pelo Banco Central, levou a Selic (taxa básica de juros do Brasil) ao segundo lugar no ranking de maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo. Foi a maior alta em 20 anos.
Com a decisão, o Brasil passou a Rússia, ficando atrás somente da Turquia, com juros reais de 3,34%, segundo o ranking da gestora de recursos Infinity Asset Management. Esse valor, que corresponde, de forma geral, à recompensa do investidor, fica em 4,96% na Turquia e em 1,87% na Rússia.
A Selic saiu da mínima histórica de 2% no começo do ano para 6,25%. Isso tudo para ajudar a conter a inflação que está nas alturas. Foi um salto de 4,25 pontos em cinco reuniões consecutivas: nos três primeiros encontros, o incremento foi de 0,75 ponto percentual e, nos dois últimos, de 1 ponto cada.
Em agosto, a inflação acumulada em 12 meses encostou nos dois dígitos, a 9,68%. Na Turquia, o índice local de preços, também em tendência de alta, subiu para 19,25% no mesmo mês, enquanto que, na Rússia, a inflação está na casa dos 6,7%.
Ainda que se preservem os programas de alívio quantitativo, o movimento global de políticas de afrouxamento monetário perdeu força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, em especial devido aos recentes choques de oferta e perspectiva de alta nas commodities, com diversas altas de juros.
explica o relatório
Ainda se esperam novos aumentos na taxa básica de juros nas próximas reuniões, o que diretamente afeta as atividades nas bolsas de valores e contribui para maior oportunidades de ganhos (com riscos maiores).
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