Entre os países que divulgaram suas novas perspectivas de juros para os próximos meses na tentativa de controlar a crescente inflação que vem atingindo as principais economias mundiais, estavam, é claro, Estados Unidos, Brasil e Reino Unido.
Fizemos um compilado das principais notícias dessa super quarta, então, senta que lá vem história.
Fed decide elevar juros dos EUA em 0.75 p.p.
Surpreendendo um total de zero pessoas, o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve, Banco Central dos EUA, decidiu elevar a taxa de referência para uma faixa entre 3% e 3,25%.
Mas, a decisão em si não foi uma grande novidade e o aumento já era bastante precificado pelo mercado. O foco dos investidores em si estava em outra ponta da história: nas possíveis sinalizações de Jerome Powell, chairman do Fed, sobre as próximas movimentações da autoridade monetária.
No comunicado, a autoridade monetária antecipou que novos ajustes na taxa serão apropriados. O Fed continua atento aos riscos inflacionários e comprometido em trazer os índices para a meta de 2%.
“Indicadores recentes apontam para um crescimento modesto nos gastos e na produção. Ganhos no mercado de trabalho têm sido robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada, refletindo os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”, diz o comunicado do Fed.
BC decide manter Selic em 13,75%
Agora, mudando de pato para ganso. Aqui, em terras verde e amarela, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75%, dando fim ao ciclo de 12 altas seguidas da Selic.
No entanto, apesar de estar em linha com o esperado pelo mercado, a decisão não foi unânime: dois membros do comitê votaram a favor de uma elevação da taxa para 14% ao ano.
No comunicado divulgado pelo Comitê, não houve nenhuma grande sinalização sobre a autoridade monetária deve começar a baixar os juros.
“O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, afirmou.