O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, completa um ano no dia de hoje. A modalidade de transações financeiras foi lançada no dia 16 de novembro de 2020.
Para se ter uma noção do impacto do Pix no dia a dia do Brasileiro: em setembro deste ano, as transações feitas por Pix já superam as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados. Neste primeiro ano, mais de 1,6 bilhão de movimentações financeiras foram realizadas, girando quase R$ 4 trilhões.
O gráfico abaixo mostra a quantidade de usuários Pix nos útlimos 12 meses:
No aniversário de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), ganha nova funcionalidade: o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.
Ainda existem muitas questões a serem revistas na modalidade, como segurança, limites e derivados. Isso porque o número de delitos cometidos vem aumentando na mesma velocidade.
Novidades que vem por aí
Pix Saque e Troco
A partir do dia 29 estarão disponíveis o Pix Saque e o Pix Troco, que permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.
No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.
O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie.
Open banking
Por meio dessa ferramenta, existente para pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens, o cliente recebe um link com os dados da transação e confirma o pagamento.
Atualmente, o iniciador de pagamentos existe para compras com cartões de crédito e de débito. O BC pretende ampliar a ferramenta para o Pix, o que só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.
Com a troca de informações, o cliente poderá fazer transações Pix sem abrir o aplicativo da instituição financeira, como ocorre hoje. O usuário apenas clicará no link e informa a senha ou a biometria da conta corrente para concluir a transação. Tudo sem sair do site de compras, do aplicativo de entregas ou da rede social.
Valor percebido depois de um ano pelo usuário Pix
Além de proporcionar praticidade ao consumidor, o retrospecto é favorável (mesmo com a escala de crimes e delitos) e as novas opções poderão gerar mais movimentação em estabelecimentos comerciais e diminuir a quantidade de dinheiro.
São diversas as vantagens e dados comprovam que o Pix não prejudicou os bancos, tendo em vista as tarifas cobradas nas trasnferências mais tradicionais.
A tendência é que os consumidores deixem de sacar volumes altos de dinheiro (em caixas eletrônicos) ao perceberem que, havendo mais locais para saques, não precisarão estocar cédulas. A expectativa é que o saque Pix ultrapasse os saques em caixas eletrônicos já nos primeiros meses.
O Pix conseguiu exercer um efeito transformador no seu primeiro ano.
Qual sua opinião sobre o Pix? O que você acha que pode mudar ou que foi excesso nessa caminhada?
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