Depois da atualização da taxa Selic de 4,25% para 5,25% a.a. feita pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) nesta semana, os investidores têm questionado as posições dos seus investimentos (quem nunca?). Por ora, a expectativa dos economistas é que a taxa Selic possa atingir o patamar de até 8% a.a. em 2021.
Mas, pode se acalmar! Embora a tendência seja de novas altas de juro, o ambiente não é negativo para o mercado acionário. O motivo pelo qual a taxa está subindo é a recuperação econômica mais forte do que a esperada. Os resultados e lucros das empresas têm surpreendido muito o mercado, característica típica de início de ciclo de crescimento.
A decisão do COPOM foi em linha com a expectativa de mercado (como sempre). Os palpites de agora são sobre a possibilidade de o Banco Central interromper o ciclo de alta mais cedo, talvez com uma Selic menor do que o esperado caso tenha que haver uma postura mais incisiva com a inflação.
Qual deve ser a taxa Selic ao final de 2021?
A verdade é que o Banco Central está comprometido com a meta de inflação para os próximos anos e, por isso, a expectativa dos economistas e do mercado é que haja ainda um aumento acima da chamada taxa neutra (de aproximadamente 6,5%), com palpites de até de 8% a.a. no final do ciclo de 2021.
Insights finais
Não se engane! Diferente do que muitos pensam, os movimentos de taxa de juros para cima e inflação alta não devem impactar negativamente as atividades na Bolsa de Valores. O cenário é otimista e, inclusive, os lucros das empresas no Brasil estão melhores do que os reportados nas Bolsas Internacionais.
As bolsas internacionais estão mais esticadas em termos de valuation, enquanto a brasileira está numa melhor posição. Aqui, os lucros estão melhores e o valuation está mais interessante.
No entanto, segundo especialistas, o fator econômico pode influenciar um movimento de queda de atividade, num cenário onde o Brasil não atinja o teto de gastos e tanto a inflação quanto o juros continuem a subir.
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