A China está passando por uma grande crise de energia. A temperatura fora do normal, a maior demanda por eletricidade e os limites estritos no uso de carvão comprometendo a saúde elétrica do país.
Isso pode de fato gerar instabilidade econômica do país e pesar sobre o comércio global. Mesmo assim o minério de ferro abalado nas últimas semanas apresenta índicadores de crescimento.
O racionamento não vem por causa da falta de energia elétrica, e sim da falta de carvão e de gás natural – commodities que, a exemplo do petróleo, passam por uma alta violenta. E isso afeta particularmente a China, onde 66% da energia vem de termelétricas (58% a carvão, 8% a gás).
Muitas das províncias Chinesas já estão racionando o consumo. A província de Guangdong – um centro industrial responsável por US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 8,4 trilhões), ou mais de 10%, da produção econômica anual da China e por uma grande parcela de seu comércio exterior – raciona energia há mais de um mês.
A escassez representa um golpe que tira a trilha de recuperação com o assunto da gigante Evergrande e, ao mesmo tempo que traz mais problemas para as cadeias de abastecimento globais que já estão sofrendo com o problema, como exemplo do Brasil.
“O racionamento de energia inevitavelmente prejudicará a economia”
disse Yan Qin, analista-chefe de carbono da Refinitiv.
O mercado ainda está incerto sobre o assunto e não conseguem medir com precisão quais serão exatamente os efeitos dessa crise para a economia global, ainda mais com o assunto da Evergrande, que balançou o mercado financeiro.
Mesmo assim, o minério de ferro teve uma alta hoje, de 7%. Sinal de que a depreciação de 60% desde maio tenha sido profunda demais e o índice tende a encontrar um número mais real
Vamos ficar atentos às próximas notícias no Guru Hub.