O índice que mais saiu da meta durante o ano de 2021 passou dos dois dígitos, fechando no maior nível desde 2015, e contínua assombrando os Brasileiros, principalmente os mais pobres.
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que marca dezembro com uma taxa de 0,73%, abaixo dos meses anteriores, mas ainda alta. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2021 a 10,06%.
Para se ter uma ideia a meta era de 3,75% com margem de 1,5p.p. para cima ou para baixo, com o maior nível a 5,25%. Tivemos um resultado quase que o dobro.
O que impactou mais a inflação em 2021?
O grupo Transportes teve o maior peso no resultado do ano, de acordo com o instituto, com a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no período.
Em seguida, vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021, diz o IBGE.
Dentro de Transportes, o item que mais pesou foi o combustível. A gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23%, influenciado também pela produção de açúcar que foi abalada.
No grupo Habitação, as principais contribuições (0,98 p.p.) vieram da energia elétrica, que subiu 21,21%, e do botijão de gás, com alta de 36,99%.
A conta de luz pesou mais no bolso do consumidor no ano, por conta da crise hídrica, que dexou o custo de geração vem mais alto. Vale lembrar que uma nova bandeira tarifária (Escassez Hídrica) chegou a ser criada em 2021, para acomodar a necessidade de reajustes mais altos.
Já o grupo Alimentação e bebidas teve variação de 7,94%, menor que a do ano anterior (14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados.
Os destaques dessa categoria foram café moído, que subiu 50,24%, e o açúcar refinado, que teve alta de 47,87%, destaca o IBGE.
Previsão da Inflação para 2022 e 2023
Para esse ano as previsões da inflação não são tão favoráveis, mesmo num cenário que a taxa Selic pode passar os 12% para conter o aumento desenfreado dos preços.
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 10,2% em 2021, 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023.
Fique atento para o calendário da semana:
- Quarta-feira: Confiança do consumidor e fluxo cambial
- Quinta-feira: Crescimento do setor de serviços mensal e anual
- Sexta-feira: Vendas no varejo
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